Ainda atento ao comentário do amigo Fernando Rijo, lembrei
de um poema de tempos atrás, que reproduzo aqui:
Agonia
Passam dias e
a semente
Que parecia
germinar em poema verdejante
Não
vem.
Troco
verbos, substantivos, frases inteiras
Mas
insiste em não querer emergir.
Soa
o gongo, finda o tempo
Preciso
dormir.
Amanhã,
quem sabe
Antes
que a noite acabe.
Outros
versos, outras frases.
Outro
dia, mais passagens.
Venham versos.
Que
toquem ou choquem
Alisem
ou arrepiem
Marchem
retos ou desalinhem.
Mas,
venham versos meus
Pelo
amor de Deus.
Teresina,
11/11/1987
AJFontes
Esse poema me lembrou um conselho dado por Raimundo Carrero em uma oficina literária que fiz com ele numa Bienal do Livro. Praticar o ato de escrever sempre. Todo o dia - mesmo quando faltar inspiração. Nesse caso a "Agonia" nasceu da "semente" que não brotou. Muito bom.
ResponderExcluirIsso Ricardo. Depois que escrvi percebi que ela foi a resposta à minha agonia. Bem dito "A semente que não brotou". Escrever, nem que seja uma frase, aparentemente, tosca. Valeu seu Zé.
ExcluirPaciência e perseverança, eis as chaves do bem-viver. Até já tentei, mas a agonia me venceu...kkkkk(vou tentar de novo)
ResponderExcluir