terça-feira, 29 de dezembro de 2015

Feliz Ano Novo


Feliz Ano Novo!


 

O dia é hoje! A hora é agora!

Dos idos, que fiquem as lições, os aprendizados. O que foi transformado, também o que não foi.

Daqueles por vir, que venham as novas e grandes lições. Também as que não foram bem entendidas, ainda.

Que seja “TUDO NOVO DENOVO”.

Gratidão por tudo e por todos, sempre.

Obrigado Senhor! Pelo hoje. Pelo agora.

                                             
                                                Feliz 2016
AJFontes

domingo, 27 de dezembro de 2015

A Poeira Subiu


A Poeira Subiu


                                                No chão

                                    Cada grãozinho

                                    No seu lugar.

                                   

                                    Queria coisa diferente

                                    Mas a poeira subiu.

 

                                    Aqueles grãozinhos voaram

                                    Mostrando onde um dia pisei.

 

                                    Aqueles grãozinhos brilharam.

                                    Uns,

                                    Outros não.

 

                                    Aqueles grãozinhos bailaram.

                                    Quantas lembranças.

 

                                    Aqueles grãozinhos, enfim

                                    Caíram.

                                    Assentaram-se,

                                    Arrumaram-se.

 

                                    Que bom.

                                    Grato, segui.
AJFontes

quinta-feira, 24 de dezembro de 2015

O Louco


O Louco


 

Quem foi o louco que parou

 Ao ouvir o canto de um pássaro?

Quem foi o louco que se deslumbrou

 Ao ver o arco-íris?

Quem foi o louco que gargalhou

Ao ver uma criança brincar?

Quem foi o louco que chorou

Ao sentir o sofrimento de uma mãe?

Quem foi o louco que abriu os braços

Ao sentir os pingos da chuva em seu rosto?

Quem foi o louco que sorriu

A um desconhecido que passava?

Quem foi o louco que assobiou uma canção

No meio do nada?

Quem foi o louco que suspirou

Ao presenciar um olhar apaixonado?

Quem foi esse louco?

Quem é louco?

Quem, não é?

Um dia, Disseram

Serve para confundir os sábios.

 

                                                                                                                            AJFontes

domingo, 20 de dezembro de 2015

Erros e Acertos


Erros e Acertos


 

 Erro

Entendo

Tentativa de acerto.

 

Tentativa de melhora

Entendo

Acerto.

 

Entre eles

Um caldo

Grosso e borbulhante.

A transformação.

 
AJFontes

quarta-feira, 16 de dezembro de 2015

Como é mesmo seu nome?


Como é mesmo seu nome?


 
Pelas bandas de Pernambuco é fácil encontrar um Antônio. Na Paraíba? Vixi como tem Zé! . São nomes tão comuns que enjoam. Mas existem alguns estranhos, que doem nos ouvidos. Junção de nomes de pais e mães, homenagens a locais e coisas.

Um dia desses encontrei uma jovem. Graciosa, alegre. Seu nome: Fotocópia. É isso mesmo: O resultado do trabalho da máquina Xerox. Aliás, esse é o nome de sua irmã. Tentei imaginar onde o pai delas trabalhava.

Outros apenas sugestivos, como o da esposa de um casal de idade já bem avançada e com muitos anos de união: Dª Justa. Sempre que surgia a afirmação: justamente, no meio de uma conversa, o zeloso marido retrucava: Justa não mente...jamais!

Cuidado com o que não é seu! Isso deve ser o primeiro pensamento ao dar o nome a um filho. Ele terá como companhia diária essa marca.

Uma solução talvez, fosse o tratamento dado por algumas tribos indígenas ao assunto, onde os indivíduos mudam seus nomes quando atingem certa idade. Mas eles não têm que trocar os documentos: CPF, RG, CNH, blábláblá...muita burocracia! Melhor não.

Hoje penso na grafia dos nomes de meus filhos. Será que poderia simplificar? Bom... já se foi o momento.

Resta somente um alerta aos pais e mães de primeira viagem: Nomes complicados, diferentes e inventados...jamais!
 
AJFontes

segunda-feira, 14 de dezembro de 2015

Maria


Maria


 

Maria
Só Maria.
 
 Sem beijos ardentes
Sem abraços calientes.
 
 O toque no ombro
Somente.
 
O resto não lembro.
O que ficou é suficiente.
 
Seu rosto simples
Brejeiro, sorridente.
 
Sua pele morena
Macia, envolvente.
 
Seus cabelos presos
Negros, não rentes.
 
Tão pouco, só isso.
Puro, sincero.
 
Maria
Maria simplesmente.
                                                                                                                                                                 AJFontes

quinta-feira, 10 de dezembro de 2015

Cadê o Rei?


Cadê o Rei?


Pequenice Real


Procurei nos papeis e olha que é uma papelada que guardo. Não encontrei. Será que foi em algum “bota fora”?

Ele é muito legal, simpático e sábio.

Suas bochechas rechonchudas e rosadas mostram benevolência, alegria, verdade e compreensão.

Puxa! Onde está?

Talvez ainda consiga encontra-lo na minha cabeça. Está em algum lugar do hemisfério direito deste já cinquentenário cérebro. Tá difícil! Já faz tempo que ele nasceu.

Vou começar a escrever, talvez ele saia da toca em que se meteu.

Opa! Não foi preciso. Não é que lembrei de uma cópia escaneada do manuscrito no computador?

Pronto! Lá vai o Rei:

Pequenice Real

Sobre o Universo reinava um Ser que, de tão grande e poderoso, explodiu em um número infinitamente grande de reis que, de tão pequeninos, passam a vida a procura do imenso Ser.

 
                                                AJFontes

segunda-feira, 7 de dezembro de 2015

De Volta pra Catende


De Volta pra Catende


Lá vem um matuto de Catende que resolveu conhecer Recife. A capital do Estado e ele, já com seus vinte e poucos anos, ainda não conhecia. Nunca tinha saído nem de sua cidade.

Dinheiro no bolso, umas roupas domingueiras na mala, danou-se pra bandas da capital.

Hospedou-se num hotel bem no centro da cidade. Pertinho da pracinha do Diário. Depois que botou as coisas no quarto, saiu. Passou o dia perambulando, pra lá e pra cá. Olhando as vitrines da rua Nova. Entrou na sloper, loja chique naqueles anos de 60, admirado com tanta coisa bonita e fina. Na Viana Leal, ficou doido, subindo e descendo nas escadas rolantes. Parecia menino, escondendo o sorriso de satisfação num carrossel. Enveredou para a Imperatriz, atravessando a ponte da Boa Vista. Não deixou de parar no meio da ponte e apreciar à imponente casa de detenção logo a sua frente e as outras pontes atravessando o rio Capibaribe. E foi passeando, olhando os produtos dos camelos nas calçadas até chegar na praça Maciel Pinheiro. Voltou pela Conde da Boa Vista. Eita movimento danado de carro! Ônibus, carros de passeio indo e voltando. Buzinas e freios, sons estranhos ao sujeito acostumado ao relincho do cavalo, mugido da vaca. Gente bonita e bem vestida, sozinhas ou em duplas e até grupos maiores em conversas animadas. A avenida pegava fogo de tanta gente. A sexta-feira, prenunciava o fim de semana. No domingo, é claro, a programação seria a praia, para ver o que disseram ser o maior açude do mundo. Com o cuidado de colocar uma pedra de sal na boca antes do primeiro mergulho “senão morre afogado”, disseram.

Mas, antes disso, o negócio foi bate pernas pelas ruas até que chegou, de volta, a pracinha do Diário, passando pela Guararapes, vendo o prédio dos correios. “ Prédio grande danado! ”  Pensou.

Já meio dia, a fome bateu pesado e o roi-roi começou na barriga. Foi bater no Sertanense, bem do lado da matriz de Santo Antônio. Entrou, olhou. Achou engraçado aquele balcão cheio de entradas, sentou e pediu um prato de comida. Oh! Coisa boa danada, a barriga cheia! Um palito e um cafezinho. Resolveu tomar um lá na Guararapes, num bar com um nome diferente: Savoy.

Era a hora para um cochilo no hotel.

Lá pelas cinco da tarde, acordado, resolveu tomar uma sopa. Lá vem de novo aqueles balcões engraçados. “ Uma sopa até boa, visse? “

Na sequência, adivinha? Bater perna. Andou reto pela Guararapes, Conde da Boa Vista, chegou no canal da Agamenon Magalhães. De repente, apareceu uma praça grande, muito grande na frente dele. A praça do Derby tomou conta das vistas dele. Parou, sentou apreciando o movimento. Ficou tão alezado que não notou o tempo passando e quando viu já era noite. Tomou um susto, levantou e quando pensou em voltar, ouviu música. Curioso, foi atrás do som e chegou na pracinha do Internacional. O som da música vinha do clube Internacional. Aproximou-se para apreciar o movimento na entrada. Muita gente chegando, até formar uma pequena confusão na frente do clube. Aí apareceu uma coisa que ele conhecia: cavalo. Era um pelotão montado da polícia. Ele continuou apreciando e viu que a confusão cresceu, próximo onde estava, mas continuou de braços cruzados, quieto e olhando.

Num dado momento, os cavalariços partiram para cima da multidão com suas espadas desembainhadas dando golpes e empurrando com os animais. Um deles, a galope, partiu pra cima do nosso amigo que, percebendo, pegou o policial pelos fundilhos e braço, jogou o coitado no chão, pulou no cavalo, tomou as rédeas, aprumou o bicho no sentido do centro e só parou na porta do hotel. Saltou, entrou correndo, pagou, pegou as malas, e saiu para a rodoviária.

De Recife “ já chega! “ E lá foi ele danado, de volta, pra Catende.

 

                                                                                                                                   AJFontes

quinta-feira, 3 de dezembro de 2015

Meio ruinzinho


Meio ruinzinho


 

Estava só. Ninguém para atrapalhar. Também, ninguém para ajudar.
Estava me virando como podia até que ouço: Você precisa encontrar uma mulher que tome conta de você.
Tremeram minhas carnes até o mais profundo do meu ego. Pensei: Como assim?! Não sou capaz de realizar tarefas diárias simples como manter a casa limpa, a roupa organizada, preparar minha alimentação. Preciso de alguém que faça isso para mim? Ainda, precisaria casar com alguém. Definitivamente não.
Passei então a observar amigas, procurar por dicas.
Confeccionei um calendário de tarefas. Minhas noites e os dias de sábado passaram a ser devotados ao trabalho do lar.
Passado algum tempo, comecei a descobrir a verdadeira razão da existência de uma lavadora de roupas.  Minhas mãos que digam. A casa passou a ser faxinada de uma vez por dia para uma vez por semana, com os alguns cuidados como entrar na casa sem os sapatos sujos ou uma rápida lavagem no wc após uso e outras coisinhas. Até que, em minhas observações às mulheres que vivem sozinhas, descobri a existência das auxiliares do lar. Que maravilhosas essas pessoas que, como num passe de mágica, deixam a casa brilhando num lapso de tempo igual a um dia de trabalho meu, fora da casa. Roupas limpas, casa organizada, limpa e cheirosa. Finalmente aprendi. Viva essas mulheres!
Na cozinha outra lição, verdadeiramente mais agradável. Descobri cheiros, texturas e sabores diversos. Nunca fui chegado a muito rebuscamento, mas saboreio, ainda hoje, um bom feijão; arroz, sem queimar! Aprendi alguns pratos com peixe, uma massinha e por aí vai.
A vida seguiu, nem quieta nem agitada. Até que, após alguns contatos imediatos com o sexo oposto, cheguei a situação de casado. Novamente.  
Naquela altura de nossas vidas, cada qual com o seu pacote, incluindo filhos e netos. Nesse último quesito acrescentei duas a minha cota.
Uma visita da caçulinha encheu a casa de criança. Não sei como conseguem, mas uma é suficiente para encher todos os cantos de qualquer casa.
Uma noite, resolvi atender as suas necessidades e ofereci um ovo frito. Fui a cozinha, e tentei fritar um ovo mantendo a gema inteira, sem sucesso. Noutra, foi a tapioca que não ficou tão boa quanto a da vovó.
Depois de tanto tempo no aperfeiçoamento das atividades domésticas, onde cozinhar eu tinha como a mais auspiciosa, fui obrigado a ouvir de uma linda, tagarela e sapeca criaturinha de sete anos: O vovô é legal, mas na cozinha ele é meio ruinzinho.
 
                                                                                                                                    AJFontes

segunda-feira, 30 de novembro de 2015

Os Cantos


Os Cantos


 

Uma cidade pequena com tantos cantos.

Contam e cantam histórias.

São tantas as vistas,

Vistas de cantos, que também são vistas.

De repente como num cartão postal,

Sou parte da vista.

São tantos, os cantos.

São tantos os que cantam.

Cantinhos, como aquele,

Lá, ao lado da ponte.

Canções como aquela,

Que cantam no carnaval.

E eu, no meio desse frege!
 
AJFontes

quinta-feira, 26 de novembro de 2015

Deve Ser


Deve Ser


 

No meio de todas as explosões vemos um homem de braços abertos, entre os que seriam seus inimigos, pedindo um abraço.

Se isso não é amor, estou bem mais atrasado do que pensei, no entendimento do que seja.
 
AJFontes

Ágata chegou!


Ágata chegou!


 

O nome, emprestado, é A gata. Simplificando: Ágata.

É um furacão desastrado. Bate em tudo. Caiu algo na sala. Com certeza obra de Ágata. Repentinamente uma bola de pelos brancos aparece encarando com seus olhos azuis como o céu. É um anjinho travesso. Diferente da magrelinha, assustada, miando fininho, olhando através do vidro da porta que dava para o quintal.

Nunca pensei em conviver com um gato, ou gata. Até pensei em um cão, mas gato não!

Os olhinhos azulzinhos estavam lá e olhando para mim! Não teve jeito. Abri a porta.

Até hoje, são dois anos de convivência, nem sempre fácil, e algumas histórias.

Perdoem-me, a madame exige minha presença. Deve ser a ração que acabou...ou será água?

 

                                                             AJFontes

segunda-feira, 23 de novembro de 2015

O Lápis


O Lápis

Vai começar a aula e preciso do lápis, cadê o lápis?

Levantei cedo, fazia muito frio e chovia naquele mês de junho em Caruaru. Tomar banho...não teve jeito. Ligeiro, embaixo daquela água fria, esfrega aqui e ali...rápido, rápido.

Mas, cadê o lápis. Procurei na bolsa e nada, procurei dentro do caderno, dos livros e nada.

Fazia frio, muito frio naquele inverno. Vesti rápido a roupa, penteei os cabelos, escovei os dentes. A casa, já acordada, tinha seus sons e cheiros de xícaras, pratos e talheres tomando seus lugares na mesa, junto ao bule de café. Hum! Que cheirinho bom. Tudo misturado: café, pão, queijo, cuscuz. Hum!

Mas não é possível que eu tenha esquecido do lápis. Não, isso não acontece nunca! Será que deixei cair no chão?

Calçava os sapatos quando percebi que o solado de cada sapato estava fininho...fininho. Iria molhar meus pés nas poças d’água que ficavam nas calçadas por conta da chuva. Dá-se um jeito. Uma folha de jornal dobrada colocada com jeitinho em cada pé de sapato resolve, por enquanto né? Mamãe chamando uma, duas, três vezes. “Já vou”, respondi.

-Alguém viu um lápis no chão? Gritava, olhando para o chão, caminhando por todas as salas separadas à meia parede por compensado de madeira, enquanto as professoras procuravam acalmar seus alunos aos gritos: -Silêêêncioooo... batendo com uma régua de madeira no birô.

Na mesa, meu irmão, papai e mamãe. Todos nos deleitamos com o leite, café, pão, queijo. Tudo quentinho. Por fim, saímos de casa acompanhados por mamãe, que nos entregou a diretora de nosso colégio.

Que zoada gostosa aquela! Risos, gritos, choros, reclamações às professoras. Tinha de tudo, inclusive eu gritando, já aperreado, perguntando por meu lápis perdido. A aula já vai começar e não encontro meu lápis!

Desolado no meio daquela balburdia repasso mentalmente onde poderia estar. Quando passo a mão no bolso da camisa…surpresa: O LÁPIS! Aqui, todo esse tempo?! Bom, não tenho tempo para questionar mais nada. A aula já está começando.
AJFontes

quinta-feira, 19 de novembro de 2015

O Atestado


O ATESTADO

 
Recém-saído da sala de cirurgia, um homem lembra que terá que entregar um atestado médico ao seu chefe imediato, na empresa que trabalha, confirmando a necessidade de ausentar-se por quinze dias do trabalho.
Já que é assim. Imediatamente levanta da cama, faz uma careta que piora o aspecto tétrico de seu rosto com olheiras e barba por fazer. Ainda sentindo o efeito do anestésico sente-se tonto, pernas fracas, afinal, a idade já pesa. Mesmo assim segura o papel, calça o chinelo e segue pelo corredor até o ponto de táxi na frente do hospital.

O motorista estranha a situação. Nenhum enfermeiro ou médico viu que um paciente havia deixado o hospital naquela condição?! Mesmo assim, seguindo orientação do depauperado passageiro chegam ao destino. Chegando ao destino, a custo retira do carro o suporte com o saco transparente de soro e segue arrastando sobre suas rodinhas. Entra no prédio onde alguns o reconhecem e cumprimentam, certamente constrangidos, mas se trata de um colega com quem, durante longos anos de convivência, encontram-se nos corredores da empresa. Homem respeitado por seu profissionalismo, seriedade e retidão de vida. “Quem diria!!!” Um ou outro pensa balançando a cabeça reprovando; alguém, com um traço de sorriso nos lábios, comenta em voz baixa: endoidou!! Alheio aos possíveis comentários, sentindo-se mal, estômago embrulhado e cheio de gases, arrastando os chinelos, caminha até o elevador. Entra, outros ocupantes o cumprimentam, ao que responde com o som característico da saída dos gases. Chega ao andar onde se localiza a sala do caríssimo diretor, motivo dessa desatinada atitude. Com seu baita bundão branco salpicado de pontinhos vermelhos, mostrado através da abertura do roupão hospitalar, desfila corredor a dentro. Chega, finalmente, à secretaria. Solicita, então falar com “o diretor”. Mais um som é ouvido, enquanto ela desliga o fone, desmancha o sorriso dando vez a uma cara de espanto e nojo. É recebido pelo diretor, bem vestido em seu terno moderno e rosto bem barbeado emoldurando um sorriso pré-fabricado. Pergunta por sua saúde e questiona se ele já estaria em condições de sair do hospital. Sem ruído que fosse, coloca o documento sobre a mesa de trabalho do chefe, olhando profundamente em seus olhos, sem esboçar sentimento. Dá meia volta segurando o suporte com toda dignidade possível segue para a porta, segura a maçaneta, levanta levemente a perna direita e libera o mais forte, fedorento e longo da série. Com um sorriso nos lábios abre a porta e segue, deixando seu rastro de indignação com a sociedade mentirosa, corrupta e tendenciosa em que vivemos.

                                                                                                                                                                    AJFontes