quinta-feira, 3 de agosto de 2023

Haja tempo

 

Haja tempo

AJ Fontes

Eita! Enta não falta, já se foram sessenta equinócios. Desses que deixam marcas na pele, então haja creme protetor e camisa à prova de UV. Conto mais: as ites; surgem tal magia, do nada. Uma em especial aflige minha mão esquerda, fosse a direita não estaria usando a vetusta técnica da escrita à base de caneta e papel.

Voltando à sestra, uma dor forte me impediu o uso comum do polegar. Essa tal pinça equipa mãos de primatas desde o macaco, vindo o aprimoramento anatômico surgir no homem sendo posicionado e alongado da maneira àquela função acontecer e, então, segurar pedras e ferramentas usadas na produção da lança, e fincá-la na caça; do machado afiado e cortar árvores; da agulha e juntar fibras, tecidos para guardar sementes, frutas e carnes. Aliás, passa despercebida a importância da guarda de tudo adquirido.

Esse dedão, a cada movimento, fosse mínimo, doía muito. O doutor resolve ou ajuda bastante na solução utilizando avanços tecnológicos. Viva a tecnologia! Ela aconteceu após ser possível observar, analisar, imitar e melhorar funções de outras espécies que partilham conosco da pátria mama. Tocamos também esse corpo acolhedor e provedor com o intuito de montar coisas utilizáveis, desnudando-o  progressivamente. Hoje, olho para o céu, não para o Altíssimo e sim para a câmara acoplada ao drone pairando acima de tudo e todos, usando o dedão curado.

 É de pensar que vive a cabeça, e de tanto pensar algumas percebem o jeito de nos arranjar aonde chegamos e imaginam os arranjos à frente, sejam aqui, em Marte ou em uma estação no espaço.

Acontecerá uma das tantas fatalidades trombeteadas em livros e filmes? Ou ocorrerá a recuperação planetária, aí incluindo nossa raça, revelando relações diversas com os produtos dos conhecimentos abarcados.

Esses conhecimentos vêm proporcionando, desde antes de antes do meu nascimento, o necessário para chegar.

Eita! Aos meus centos.